A dosagem da vacina contra a febre aftosa será reduzida de 5 ml para 2 ml na próxima etapa de vacinação de bovinos e bubalinos, que será realizada no próximo mês de maio em Minas Gerais. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o órgão responsável pela gestão da campanha de vacinação e fiscalização do comércio de vacinas no estado.
O produtor não poderá mais utilizar vacinas de 5 ml, assim como os estabelecimentos estarão proibidos de comercializar essa dosagem. Deverão ser imunizados nesta primeira etapa de vacinação em Minas Gerais cerca de 23,5 milhões de animais.
De acordo com o fiscal agropecuário do IMA, Natanael Lamas Dias, a mudança determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é positiva para os produtores rurais e indústria da carne bovina.
“A alteração da dose da vacina, de 5ml para 2ml, deve-se à expectativa de diminuir as reações vacinais com a aplicação do produto, uma reivindicação do setor produtivo e da indústria da carne. Além disso, com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço, facilitando o transporte e reduzindo o custo de refrigeração”, explica.
Nova dosagem
A Instrução Normativa nº 11, de 18 janeiro de 2018, aprovou o novo Regulamento Técnico para a Produção, Controle da Qualidade, Comercialização e Emprego de Vacinas contra a febre aftosa, e regulamentou a nova dose de vacina contra febre aftosa. Após reunião realizada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os órgãos de defesa agropecuária do Brasil, ficou definido que a vacina contra febre aftosa, na dose de 2 ml, passaria a ser aplicada a partir de maio de 2019.
De acordo com o IMA, vários fatores foram analisados para a transição de um modelo para outro, o que demandou tempo, estudos técnicos, adaptações nas linhas de produção, registros de produtos, logísticas de destruição, entre outros tópicos. A liberação para a comercialização da vacina é feita pelo Mapa, mediante a realização de testes oficiais ou a aceitação dos resultados dos testes realizados pelo fabricante.
Nos últimos anos, o Brasil evoluiu com a implantação progressiva de suas zonas livres de febre aftosa, predominantemente com vacinação, alcançando todo o território nacional. Com isso, o país obteve o reconhecimento internacional de área livre da doença com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2018.
Por Hoje em Dia/Edição Folha