Mais de 64 milhões de aves e pintinhos morreram no Brasil desde o início da greve dos caminhoneiros no domingo (20), de acordo com o diretor da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Érico Pozzer. Em Minas Gerais, o número de mortes é superior a 5 milhões.
"Os ovos incubados levam 21 dias para eclodir e, aos 19 dias, estão sendo quebrados e descartados, pois não tem granja para alojar os pintinhos. Vai tudo para o lixo, mas nem lixo suficiente estamos tendo”, declarou Pozzer.
Cláudio Faria, membro do conselhor diretor da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), disse que o ciclo de vida do animal é muito curto e não pode ser interrompido. “O cenário que era ruim, está piorando”, afirmou.
Para a Avimig, a avicultura é o segmento do setor produtivo mais sensível à esta paralisação."Todas as empresas do setor de avicultura do estado de Minas Gerais passam por um colapso produtivo com seus frigoríficos parados, acumulando nas granjas excesso de frangos em condições inadequadas e impedindo o alojamento dos pintinhos que estão nascendo", diz o comunicado enviado pela associação.
Os problemas enfrentados pelos três produtores por causa da greve é apenas uma parcela de um prejuízo gigantesco calculado pela ABPA.
Cerca de 1 bilhão de aves podem morrer nos próximos dias por falta de ração, segundo a associação.
Por O Tempo