Uma nova rota do turismo religioso poderá ser implantada em Minas Gerais. O projeto foi batizado com o nome Caminho Religioso Entre Vales porque vai reunir municípios dos vales do Jequitinhonha, Rio Doce e Mucuri, na região Norte do Estado.
O município de Santa Maria do Suaçuí, a 359 km de Belo Horizonte, é considerado âncora do projeto. A cidade recebe anualmente em milhares de peregrinos devotos do padre Cônego Lafayette. O ponto alto da peregrinação é no dia 21 de setembro, aniversário de morte do padre.
Ele foi pároco de Santa Maria do Suaçuí por mais de 40 anos. Considerado um homem de intensa oração e frequentes jejuns, o padre conquistou a comunidade do Vale do Suaçuí.
Em 2000, iniciou o processo de beatificação de Lafayete. A casa paroquial onde ele morou está sendo transformada em um museu e também foi construído um santuário dedicado a São Miguel Arcanjo.
Nas celebrações no dia de aniversário de morte mais de 35 mil peregrinos vindos de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Goiás, passam pela pequena cidade mineira. Além de novenas que movimentam 1.500 fiéis por dia. Em novembro, uma grande cavalgada também atrai dezenas de romeiros.
Com o projeto do Caminho Religioso Entre Vales, a intenção é unificar mais de 50 municípios dos três vales para fomentar o turismo. “O turismo religioso é o que mais cresce no mundo, por isso, a Secretaria de Turismo (Setur) trabalha para fortalecer o seguimento. Durante nosso encontro, definimos um grupo que já está trabalhando para propor ações, de forma participativa, para a elaboração do plano de trabalho”, avaliou o secretário Ricardo Faria.
De acordo com Martha Lucieny da Costa Araujo Petruceli, da Secretaria de Estado de Educação, que integra a equipe de trabalho do projeto, o setor turístico vem recebendo apoio do Sebrae, para capacitação e planejamento de ações que ajudem no fortalecimento dos roteiros turísticos de Santa Maria do Suaçuí.
Uma das propostas do projeto é integrar o Caminho com outros roteiros já existentes no estado como a Estrada Real, em Mariana, e as igrejas históricas de Ouro Preto.
Fonte: Romaria Brasil/edição Folha