Embora existam tecnologias disponíveis, não há, por parte de governos, ações para conscientização ou incentivo para que os cidadãos adotem práticas de conservação e de tratamento de água em escala residencial ou de pequenas propriedades.
Conservar a água pode ser entendido como não deixar a água ir embora. Numa cidade isso significa não deixar que a água da chuva escoar para a rua, formando enxurradas, atingindo rapidamente os rios e provocando enchentes.
Isso não é nada bom para o sistema hídrico, porque, além dessa água transportar impurezas que contaminam os rios, pode ainda danificar construções, pontes e ruas e causar mortes de pessoas e animais.
Esta forma de conservação de água pode então ser praticada por meio do armazenamento de água de chuva ou pela promoção da infiltração.
O armazenamento pode ser feito com o recolhimento da água pelas calhas e destinação para reservatórios e o aumento da infiltração no solo, por meio da ampliação de terrenos permeáveis que absorvem a água.
Já o tratamento de água pode ser feito com uso de plantas aquáticas, também conhecidas cientificamente como macrófitas. Estas plantas vivem na água e possuem a capacidade de despoluí-la, pois nutrem-se das impurezas provenientes de esgotos. São capazes de oxigenar a água e ainda de retirar os resíduos da degradação da poluição, como nitrogênio, fósforo e potássio.
E é isso que o geógrafo e mestre em engenharia industrial, Sebastião Tomas Carvalho e sua família fez em sua residência. Um raro exemplo de conscientização e responsabilidade ambiental.
Tomas construiu um sistema de calhas que direciona a água de chuva captada pelo telhado para um reservatório de 5.000 litros. Além disso, construiu um sistema de tratamento de toda a água utilizada na lavagem de roupa e de louças, utilizando plantas aquáticas despoluidoras. A água despoluída segue também para o reservatório que armazena a água da chuva. A partir desse reservatório, a água é utilizada para irrigação da horta e jardim e também bombeada para uma caixa instalada sobre a casa para uso nas descargas dos banheiros.
Muito mais que economia de gastos com pagamento pela água, ações como esta são exemplos da grandeza que uma atuação individual representa em termos de benefícios para a coletividade.
Tomas não só contribuiu para diminuir a demanda de água tratada, como também para menor retirada de água dos rios e para uma geração menor de esgotos, com consequente redução da poluição do meio ambiente.
Por ASCOM Cenibra
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