Segundo a moradora Rafaela Marques Correa, de 19 anos, as famílias que são parentes, sofrem juntas o drama de a qualquer momento, ver as casas desmoronando. “As fortes chuvas na noite de domingo (8) fez com que a varanda da primeira casa, onde minha tia mora cedesse. Se continuar chovendo vai desabar e levar as outras casas junto. Não sabemos o que fazer”, desabafa a jovem moradora.
A jovem disse também que a família, composta por 17 pessoas, não tem condições de ir para outro lugar. “Não estava no orçamento de ninguém, moramos aqui há mais de 30 anos e não temos condições financeiras para sair daqui”, afirmou.
Com o risco, Rafaela contou que a família teve que mudar a rota para sair de casa. “Como as casas ficam em cima do barranco, tivemos que sair por cima, já que na entrada não tem passagem por estar tomada de terra. Sem contar que temos medo de sermos soterrados pelo barranco”, comentou.
Há informação de que a Defesa Civil esteve no local também no início da semana e informou que por ser área de risco, as famílias terão que deixar as casas. Também foi informado aos moradores que o barranco vai cair.
“Esperamos uma providência, pois mesmo antes disso acontecer a prefeitura já havia sido procurada e não tomou nenhuma atitude, agora quer que nós saiamos de lá?”, questiona a moradora.
Em nota, a assessoria de imprensa do município informou que conforme a Defesa Civil Municipal, todos os casos de casas em risco estão sendo analisados. Cada caso é um caso diferente e para cada um está sendo pensada uma solução. Uma reunião foi marcada para a tarde desta quarta-feira (11) para definir mais ações.