Mesmo com o alerta máximo emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a rápida propagação do zika vírus, o governo brasileiro não agiliza ou muda as ações de combate ao Aedes aegypti.
Só ontem – três meses depois que o zika foi reconhecido como uma grave ameaça à saúde pública – a União decidiu ampliar a participação do Exército nos trabalhos. A estimativa da Defesa Nacional é que o número de agentes envolvidos na luta contra o inseto passe de 900 para 220 mil (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Força Aérea).
Eles serão responsáveis por participar de mutirões de limpeza, campanhas educativas em escolas e de outras ações que começam hoje e se estendem até 19 de fevereiro.
Guanhães
Em Guanhães, de acordo com a Vigilância Epidemiológica, os agentes de endemias vão trabalhar de forma mais intensa neste mês, e o objetivo é vistoriar as mais de 15 mil residências da cidade, até o mês que vem, para que o controle do mosquito seja cada vez mais eficiente.
Ainda segundo o setor, até o momento, não houve nenhuma notificação de Zika vírus, no município.
Proliferação
O Aedes aegypti continua a ganhar força. No Brasil, já são 270 casos de microcefalia relacionados ao zika confirmados. Outros 3.448 continuam em investigação.
A quantidade exata de enfermos é desconhecida. A explicação do Ministério da Saúde é que a notificação não é compulsória. Além disso, cerca de 80% das ocorrências são assintomáticas. A estimativa é a de que 500 mil a 1,5 milhão de pessoas tenham contraído o zika vírus só em 2015.
E o alastramento da doença segue em ritmo acelerado pelo mundo. Até o início da semana passada, os casos de zika estavam restritos a 18 países. Ontem, o vírus já tinha atingido nações – inclusive algumas ilhas da Oceania.
Por Folha com Hoje em Dia
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