O secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, esteve nesta sexta-feira (12) na cidade de Serro para uma visita técnica às unidades hospitalares do município. O objetivo foi conhecer a rede de saúde do município e discutir melhorias aos serviços prestados à população.
Na ocasião, o secretário foi à Casa de Caridade Santa Tereza. Conforme o Secretário é importante discutir as questões de hospital regionalmente. “Estou saindo daqui com uma visão positiva, com uma imagem além do que eu esperava. O Pro-Hosp está com uma regra mais justa, porque hoje os hospitais recebem de acordo com o volume de atendimento. Com 10 anos do programa em Minas, vejo que muita coisa já foi melhorada, como estrutura e atendimento qualificado. A casa de Caridade faz parte da rede resposta e recebe R$ 500 mil ano. Reconheço o trabalho bem feito e fico compromissado em fazer investimentos, após identificar as demandas necessárias para o município e região.”
A Casa de Caridade Santa Tereza recebe recursos provenientes do Programa de Fortalecimento e Melhoria dos Hospitais do Estado de Minas Gerais (Pro- Hosp). Em 2012, o recurso foi destinado para melhorias realizadas no hospital em termos de obras, como, por exemplo, a reforma e ampliação do bloco cirúrgico, bem como a aquisição de materiais e equipamentos que proporcionaram expansão do atendimento cirúrgico, principalmente ortopédico. Já o Pronto Atendimento do hospital, está sendo reformado com recursos do tesouro estadual, no valor de R$ 300 mil, que foram repassados no ano passado.
Segundo o diretor da Casa de Caridade e também Secretário Municipal de Saúde de Serro, Adelmo Batista, hoje o hospital têm em torno 2.500 atendimentos por mês, 165 internações e conta com 56 leitos destinados ao SUS. “Com essa reforma que já está com 70% concluída, vai melhorar e aumentar a qualidade do atendimento. Vamos ter acomodações mais confortáveis aos pacientes. Mais humanização aos que precisam e condições de trabalho para os médicos. Salas de espera com televisão e dois novos consultórios médicos, isso trará mais eficiência e rapidez.”
Conhecida como cidade do queijo, Serro, fica a 310 km da capital e hoje é referência em ortopedia, são em torno de 25 cirurgias/mês. A casa de Caridade atende aos pacientes da microrregião, ajudando a desafogar os atendimentos em Diamantina, trazendo benefício para toda a região.
Dom Joaquim
Após a visita ao Serro, o secretário seguiu para Dom Joaquim, onde fez visita técnica às obras de recuperação do Hospital Nossa Senhora das Graças. O secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, reafirmou que municípios desse porte, com baixa densidade populacional, não têm escala para abrigar uma instituição de saúde com maior complexidade.
Por isso, sugeriu que no local - que está sendo reformado com recursos doados pela mineradora Anglo Gold - seja instalado um pronto atendimento 24 horas, com um clínico e um pediatra. “Dom Joaquim não possui escala para abrigar um hospital. Não há população que lhe garanta sustentabilidade. Hoje, a média de ocupação dessa instituição é de apenas dois pacientes. Isso o inviabiliza”, explicou o secretário. "Com o pronto atendimento a população se sentirá segura", garantiu.
Durante a visita, o secretário se reuniu com lideranças locais, quando reafirmou a disposição do Governo de Minas em apoiar o município. "Mas, esse apoio tem que ser antecedido por uma pactuação entre os municípios. É preciso regionalizar para ofertar serviços de qualidade", disse o secretário, advertindo, ainda, que ao município cabe oferecer uma atenção primária, pois é nesse nível que estão concentradas mais de 80% das demandas de saúde. "Hoje, só se é possível ofertar assistência hospitalar com visão regional. Em Minas, há hospitais demais com resolução de menos. É preciso adensamento para ofertar serviços de qualidade, que sejam, de fato, resolutivos", reafirmou.
O secretário também se encontrou com moradores da cidade e a eles reafirmou que a melhor opção para o hospital de Dom Joaquim é ser transformado em um pronto atendimento, com as portas abertas 24 horas. "Hospital para resolver tem que ter, no mínimo, seis profissionais: um pediatra, um clínico, um cirurgião, um neurologista, um anestesista e um ortopedista", alertou Antonio Jorge, citando também que é necessário ter equipamentos de alta tecnologia e laboratório. "Isso sem falar no custeio, que pode chegar a R$ 1 milhão por mês", informou.
Com Portal DeFato