Os especialistas estão buscando explicações para isso. Uma das hipóteses é que, uma vez desenvolvida uma doença crônica, o corpo precisa de reservas maiores de energia e calorias do que precisaria normalmente. Se os pacientes não têm essas reservas, eles podem ficar desnutridos até se seu peso estiver normal. A tese é do diretor do programa preventivo de cardiologia da Universidade da Califórnia, Gregg Fonarow.
Ou, talvez, as pessoas magras que desenvolvem diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas tenham variações genéticas que as tornam mais suscetíveis e as colocam em maior risco, quando elas ficam doentes.
Além disso, muitos pesquisadores abordam a obesidade medindo o índice de massa corporal, que não leva em consideração a gordura do corpo, as anormalidades metabólicas ou outras nuances da compleição física.
Qualquer que seja a explicação para o paradoxo da obesidade, a maioria dos especialistas concorda que as descobertas jogaram luz sobre o papel da gordura corporal. "Manter a boa forma física é tão bom quanto manter o peso. Mas, se for para priorizar um deles, os dados indicam que é melhor se manter em forma do que se manter magro. A boa forma parece um pouco mais protetora para a saúde do corpo", recomenda um dos primeiros a documentar o paradoxo, o médico Carl Lavie.