Cesarianas realizadas em todo o Brasil podem deixar de contar com a assistência de um médico pediatra. A possibilidade está sendo discutida por meio de uma consulta pública lançada no site do Sistema Único de Saúde (SUS) em 23 de abril.
Se a mudança virar realidade, o profissional poderá ser substituído por outro de qualquer especialidade ou mesmo por um enfermeiro. O Ministério da Saúde não admite, mas médicos acreditam que essa seria uma estratégia para driblar a falta de pediatras, em especial em áreas mais afastadas dos grandes centros.
Hoje, além do especialista, as salas de parto contam com um obstetra e um anestesista. A ideia, segundo a proposta que nasceu na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), seria substituir o pediatra em casos de gestações em que não há sinais de problemas. Apesar de a proposta nascer no SUS, se aprovada, ela pode valer para todas as maternidades.
Recusa. Em seu site, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou documento contra a sugestão do SUS. A seção mineira da entidade também rejeitou a proposta.
Governo. O Ministério da Saúde informou que não se trata de uma recomendação, e sim de uma consulta sem prévia orientação. Apesar de o governo se recusar a falar sobre os motivos de tornar desnecessária a presença do pediatra, médicos especulam sobre a questão.
Por O Tempo