“Por uma Sabinópolis sem violência contra a mulher”. Este é o tema do work shop que acontece hoje no Salão de Reuniões da Saúde da Família, PSF Central, em Sabinópolis. O objetivo é capacitar os profissionais e servidores públicos municipais para atuação efetiva em casos de atendimentos e abordagem à mulher vitima de violência doméstica.
A cidade de Sabinópolis apresenta alto índice de agressão em que o autor é sempre alguém de dentro de casa. A psicóloga Andreza de Souza Figueiredo, coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), explica por que isso ainda acontece. “Não temos estatísticas, mas sabemos que essa violência é comum. Recebemos muitas vítimas e também pessoas encaminhadas pelas unidades básicas de saúde e Programa de Saúde da Família. E os casos são multifatoriais, pois envolvem alcoolismo, machismo, relacionamento conjugal deteriorado, imaturidade de relacionamento e até violência entre adolescentes que estão namorando ou que são recém casados”.
Um dos últimos casos mais recentes e que chocou a comunidade de Sabinópolis, aconteceu no mês de abril, quando um homem colocou fogo na própria mulher enquanto dormia. Ela foi internada em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, mas morreu quinze dias depois, devido às complicações causadas pelas queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau.
O work shop desta quarta-feira é uma organização do CRAS Sabinópolis, em parceria com a Polícia Militar e as Secretarias Municipais de Assistência Social, Saúde e Educação. Para alcançar as famílias, o CRAS ainda realizará no mês de agosto, uma mobilização na comunidade, com passeatas, palestras e distribuição de informativos.
Por Samira Cunha