Junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, essa pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero. A meta é vacinar, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo.

A novidade para este ano é a inclusão de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV. Mais suscetível a complicações decorrentes do HPV, esse público tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral.

Em Guanhães, segundo informações da secretaria de saúde, essa nova etapa de vacinação contra o HPV será realizada no dia 21 de março, em todas as unidades de saúde do município (exceto no distrito de Farias, que será no dia 19, e em Taquaral, que será no dia 20).

As vacinas serão aplicadas das 8h às 16 horas. De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Neusa Mendes, as mulheres portadoras de HIV deverão apresentar prescrição médica da vacina no ato da vacinação.

Neusa destaca que, em 2014, na 2ª dose da vacina HPV, foram notificados eventos adversos tais como dor de cabeça, tonturas, desmaios, falta de ar, fraquezas nas pernas sem que nenhuma alteração clínica ou laboratorial fosse identificada. “Dessa forma, optamos por realizar a vacinação nos PSF's para maior segurança e tranquilidade das meninas e pais”, ressaltou, lembrando que as meninas que não tomaram a 2ª dose da vacina devem procurar uma unidade mais próxima de sua casa, bem como as meninas com 13 anos de idade.

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

Por Folha com informações Ascom