Funcionários das agências de Guanhães ainda não aderiram ao movimento
Funcionários dos Correios em Minas Gerais entraram em greve por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (18). No entanto, a adesão do protesto, segundo a empresa, é baixa. Conforme os Correios, 134 trabalhadores de setores operacionais aderiram a paralisação. O número representa 1% no efetivo no Estado.
Em Guanhães, segundo a gerente da agência local, Edirlayne Barros, até o momento não houve nenhuma adesão de funcionários ao movimento grevista. “Ainda não recebemos nenhum comunicado de paralisação”, explicou.
Segundo ainda a gerente, “mesmo sem adesão dos funcionários da agência de Guanhães, como somos entreposto para 27 cidades, com três a quatro dias de greve nas agências de Belo Horizonte, já começamos a sentir a queda no volume de cargas recebidas. E essa diminuição no recebimento de cargas, afeta diretamente a distribuição e entrega de cartas, boletos e demais produtos para a população das cidades das quais somos responsáveis”, finalizou.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG) informou que ainda não tem o balanço das adesões, mas garantiu que no interior do Estado há agências fechadas devido a greve. Além disso, conforme o sindicato, a expectativa é que ao longo do dia a adesão aumente.
Por meio de nota, os Correios divulgou que todas as agências estão abertas e os serviços normais, inclusive de entrega de correspondência, nesta manhã.
O Sintect-MG informou que a principal reivindicação é contra a privatização da empresa. Além disso, a categoria protesta contra benefícios trabalhistas perdidos nos últimos anos. Às 14h30, os trabalhadores irão participar de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião irá tratar sobre a privatização da empresa.
Justiça
Com o anúncio da greve, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se antecipou e deferiu, na terça-feira (17), liminar em favor dos Correios, determinando que as duas Federações que representam os trabalhadores (Fentect e Findect) mantenham efetivo mínimo de 80% em cada uma das unidades localizadas nas bases de atuação, bem como se abstenham de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em todas as unidades.
A decisão da ministra Maria de Assis Calsing prevê multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento pelas federações. O objetivo é garantir a continuidade da prestação dos serviços, considerados “inequivocamente essenciais”, segundo despacho da magistrada. No Brasil, 15 sindicatos já aderiram a greve.
Por Folha com Hoje em Dia
Foto: Hoje em Dia