Guanhanense vítima da tentativa de um deles conta como foi; Estelionatários utilizam o nome do Conselho Nacional de Previdência Social para oferecer benefícios e extorquir cidadãos
Há poucos dias, o guanhanense Raymer de Andrade, recebeu uma suposta ligação do Conselho Nacional da Previdência em Brasília, avisando que seu pai, já falecido, teria direito a receber uma restituição financeira no valor de R$58.617,00 referente a diferenças do Plano Collor.
A pessoa pedia diversos dados e o número da conta bancária de Raymer para realizar o depósito. Edilaine, esposa de Raymer, foi quem atendeu o telefonema e sem entender nada passou para o irmão do marido já que Raymer não estava em casa.
Ele explicou na ligação que os pais já haviam falecido e não havia nenhuma conta bancária. A pessoa, que afirmava ser do Conselho Nacional da Previdência em Brasília, deixou um número de protocolo e os contatos de um suposto advogado e de uma responsável pelo setor financeiro da Previdência, pedindo que posteriormente a família entrasse em contato para ver o que poderia ser feito.
Raymer desconfiado fez pesquisas na Internet e leu algumas matérias relacionadas a este tipo de golpe. A família de Raymer chegou a tentar contato com o telefone deixado pelo funcionário, mas não obteve retorno.
O golpe
A Secretaria de Previdência, do Ministério da Fazenda, alerta aos cidadãos brasileiros contra golpes que têm se tornado recorrentes nos últimos anos. Estelionatários têm se passado por integrantes do Conselho Nacional de Previdência Social com objetivo de extorquir os cidadãos.
A atuação dos fraudadores costuma acontecer da seguinte forma: os criminosos entram em contato, por telefone, com segurados passando-se por integrantes do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Sob a falsa alegação de que o cidadão teria direito a receber valores atrasados de benefícios pagos pela Previdência Social, eles pedem ao segurado que informem dados pessoais e solicitam o depósito de determinada quantia em uma conta bancária, para liberar um pagamento que não existe.
Revisão de benefícios – Em outras situações, os criminosos abordam os segurados e afirmam que estes teriam direito a receber valores referentes a uma falsa revisão de benefícios concedidos à época do governo Collor. Mas na verdade trata-se de um golpe.
Todas as revisões de benefícios realizadas pela Previdência são baseadas na legislação e os segurados não precisam realizar nenhum pagamento para ter direito a qualquer benefício.
A abordagem varia. Há situações também em que os estelionatários enviam documentos a segurados se passando por uma falsa “Auditoria Geral Previdenciária”, convocando-os a uma “Chamada para Resgate”.
Dados pessoais – A Previdência informa aos cidadãos que não solicita dados pessoais dos seus segurados por e-mail ou telefone e também não realiza nenhuma forma de cobrança para prestar o atendimento nem realizar seus serviços.
O cidadão pode telefonar para a Central 135 e agendar uma visita a uma Agência da Previdência Social (APS), onde será atendido por um servidor especializado que tomará as providências cabíveis e prestará todos os esclarecimentos necessários.
Por Folha com Previdência Social