Entrou em vigor na última quinta-feira (15), uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária, com orientações sobre procedimentos a serem observados na exposição, manutenção estética, venda e doação de animais.
Entre outros pontos, a norma estabelece que os Pet Shops e locais de comercialização de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes devem manter os animais em ambiente livre de excesso de barulho e com acesso restrito à população. O local deve ter luminosidade e espaço adequados, estar livre de poluição e ser protegido contra intempéries ou situações que causem estresse.
A norma obriga ainda os estabelecimentos comerciais a manter um veterinário responsável, que deverá fazer inspeções diárias para observar as condições de higiene e comportamento dos animais.
Em Guanhães, os Pet Shops já começam a se adequar a nova resolução. Segundo o sócio proprietário da Aredes Pet Shop, Rodrigo Aredes Costa, após o conhecimento da normativa do Conselho Federal de Medicina Veterinária, estão sendo tomadas todas as providências para colocar os animais em seus lugares e com os devidos tratamentos. “A empresa já dispõe de veterinários que faz o acompanhamento das aves e com certeza isso veio em boa hora, porque nós já temos uma preocupação imensa com o bem-estar de todos os animais que comercializamos” contou.
Além de concordar com a norma, Rodrigo pede que tenha fiscalização adequada. Ele ainda afirma: “acredito que deve ter fiscalização para cobrar isso dos estabelecimentos, mas também dos criatórios de onde vêm esses animais”.
Para o sócio proprietário, a presença do médico veterinário é de extrema importância, porque ele pode diagnosticar um animal que está doente ou que apresenta algum tipo de estresse, além de indicar o ambiente adequado para os pets.
Já para a dona do Pet Shop Mundo Animal, Bruna de Andrade Castro, a presença de um veterinário é importante principalmente para os casos de emergência: “ás vezes chega um cachorro para tomar banho que é muito idoso ou muito bravo, logo, o veterinário é essencial. Uma emergência na hora da tosa, ou até mesmo quando chega cachorro de outra cidade, que é bastante comum, o auxilio do profissional se faz necessário” observa.
Bruna diz concordar plenamente com a lei. “Aqui já tinha veterinários antes da resolução”, esclarece. Questionada pelo fato de possuir cachorros em gaiolas logo na entrada, ela afirma: “não é uma coisa normal ter animal para venda e quando tem, é somente cachorro de porte pequeno, justamente pelo fato de dentro d
a gaiola ter pouco espaço para o animal”.
Bruna afirma que todas as providências serão tomadas. “Não iremos mais colocar em gaiolas. Eu não acho certo eles terem que ficar lá, ainda mais quando em maior quantidade, como muitos fazem. Aqui, colocamos no máximo duas raças de filhotes de cachorro”.
A dona de casa Suely dos Santos Brás, moradora da cidade de Paulistas, veio especialmente em um Pet Shop de Guanhães, buscar a sua mais nova “amiga”, uma cadela a quem ela carinhosamente chama de Princesa.
Para a dona de casa, que já teve seis animais de estimação e que agora está com dois cachorros, a nova resolução veio para ficar. “É muito importante ter um médico veterinário para atender nos Pet Shops, porque hoje em dia há muitos estabelecimentos que não tem. Na farmácia há um profissional responsável, porque não um veterinário no Pet Shop?”, disse.
Os estabelecimentos e profissionais médicos veterinários que descumprirem as novas regras estarão sujeitos a multa e punições. As multas variam de acordo com cada infração e elas vão de R$ 3 mil a R$ 24 mil.
Por Folha com colaboração estagiário Diego Rafael Fotos: Diego Rafael