Não bastasse a destruição das áreas verdes, o período mais crítico e propenso aos incêndios, que marca os próximos meses, também pode prejudicar a saúde da população. Mo-nóxido de carbono e outros materiais levados à atmosfera pela fumaça das queimadas favorecem problemas respiratórios.
O alerta para esses riscos e como anda a qualidade do ar no território mineiro serão tema de um seminário previsto nas atividades da semana do meio ambiente. O evento, organizado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), começa nesta terça-feira e prossegue até quinta-feira.
Ao lado da professora Patrícia Rezende, do Centro Federal de Educação Tec-nológica de Minas Gerais (Cefet-MG), o analista ambiental da Feam Lucas Viana ministrará palestra sobre a gestão dos efluentes atmosféricos no Estado. Segundo ele, historicamente, nesta época do ano a qualidade do ar cai de forma considerável devido à temporada de incêndios.
“As medições tendem a mudar de boas ou regulares para inadequadas. Resultado da alta concentração de fumaça e estiagem típica”, afirma o técnico. Com a piora, toda a população está sujeita a tosse seca, dor nos olhos e cansaço. Os sintomas, no entanto, são mais graves no chamado grupo de risco, formado por crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.
Lucas Viana mostrará no seminário que a qualidade do ar também pode ser afetada por outros motivos, como a topografia das cidades e a condição meteorológica de uma região. Para avaliar essas e outras interferências na pureza do ar, Minas conta com 29 estações de monitoramento.
A programação da Semana do Meio Ambiente está disponível no site feam.br. O evento é gratuito e as inscrições devem ser feitas pela internet. As atividades acontecem no auditório do Centro Universitário Newton Paiva, no bairro Caiçara, região Noroeste de Belo Horizonte. Além da qualidade do ar, outro tema que será debatido é a geração de energia renovável.
Por Hoje em Dia
Foto: Hoje em Dia