Condenados receberam a notificação da execução no sábado, com um pré-aviso de pelo menos 72 horas; fuzilamentos acontecem habitualmente pouco depois da meia-noite local
Parentes dos estrangeiros condenados à pena de morte na Indonésia, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, realizaram nesta terça-feira (28) a última visita aos réus, antes da execução prevista para as próximas horas, apesar das pressões internacionais para evitar as mortes.
Dois australianos, uma filipina e quatro nigerianos, além do brasileiro e de um indonésio, todos condenados por tráfico de drogas, podem ser fuzilados pouco depois da meia-noite (horário da Indonésia, pouco depois das 14h00 no horário de Brasília).
Várias ambulâncias com caixões estão na prisão. Os condenados receberam a notificação da execução no sábado, com um pré-aviso de pelo menos 72 horas. Os fuzilamentos acontecem habitualmente pouco depois da meia-noite local.
O brasileiro Rodrigo Gularte, 42 anos, foi detido em 2004 depois de tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. A família apresentou vários relatórios médicos para demonstrar que ele sofre de esquizofrenia e que, portanto, não deveria ser executado.
Outro brasileiro, Marco Archer, foi executado em janeiro por narcotráfico, o que provocou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia.
O presidente indonésio, Joko Widodo, intransigente sobre a aplicação da pena de morte por tráfico de drogas, ignora os apelos de clemência e as pressões diplomáticas internacionais para evitar as execuções.
Os parentes dos condenados entraram nesta terça-feira (28) na prisão da ilha de Nusakambangan, "a Alcatraz indonésio", para uma última visita.
Por O Tempo
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