A greve iniciada em Ipatinga por funcionários da Ecel Engenharia e Construções Ltda., empresa prestadora de serviços da Cemig, motivou os funcionário da Ecel Guanhães, a também paralisarem.
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (24), cerca de 80 funcionários cruzaram os braços enfrente a sede da empresa, no bairro Vilage. Segundo o diretor do Sindeletro de Belo Horizonte, Jobert Fernando de Paula, que está assessorando a paralisação em Guanhães, "o movimento começou espontaneamente, e como os funcionários da Ecel não tem sindicato que os represente, vim dar apoio", comentou.
Segundo Jobert, a paralisação é por tempo indeterminado, até que seja feita negociações. " Hoje vamos criar algumas diretrizes e apoiar a greve em Ipatinga, que já está em negociação", explicou.
Na pauta várias reivindicação, entre elas a de ter direitos, já que segundo o diretor da Sindeletro, os funcionários tem a todo momento seus direitos negados e trabalham em situação precária.
Entre as várias reivindicações contidas em uma folha divulgada na porta da empresa, está o pagamento da hora extra, reajuste do vale alimentação, que hoje está fora da realidade e segundo os funcionários, desde o dia 15 foi cortado, salário de acordo com o piso, já que segundo eles, muitos recebem bem abaixo, pagamento de vale transporte, entre outros itens.
Um dos funcionários da empresa, Alex Ney José da Silva, reclamou sobre o não pagamento do PIS. " A situação é tão séria, que há três meses meu PIS está retido e não consigo sacar. Além disso a empresa cortou o ticket, e ninguém esclarece nada pra gente", opinou.
Ainda nesta manhã, a reportagem da Folha, entrou em contato com a ECEL, que não quis pronunciar sobre a paralisação.