Para o proprietário do Posto Pica Pau, Adalto Miranda, a procura está baixa. “Acho que os motoristas não estão acreditando que a lei entrará em vigor e por isso não estão se preocupando em comprar, até mesmo devido à alta do valor do produto”, opinou.

Já para o proprietário do Posto Guarani, José Wilson, os extintores estão tendo boa saída. “Vendo extintores há 10 anos e nunca tive uma procura tão grande como a da última semana; vendi cerca de 60 extintores em apenas dois dias”.

Para quem ainda não comprou, vale a pena pesquisar, já que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu adiar pela terceira vez a data limite para que os motoristas instalem os extintores de incêndio tipo "ABC" nos carros. Marcado pela segunda vez para o dia 1º de julho, agora, o prazo vai até o dia 1º de outubro.

Em Guanhães, segundo pesquisa realizada pela reportagem da Folha, o preço dos extintores varia de R$100 a R$140 reais, uma diferença de 28,5% .

Dos postos de vendas pesquisados, apenas um sabia que a medida obrigatória foi estendida. Já os demais não sabiam, mas esperavam. Os comerciantes acreditam não estar preparados, já que as fábricas não conseguem atender aos pedidos e estão vendendo a um valor muito alto.

Novo adiamento

O ministério não informou a razão do novo adiamento. As outras prorrogações, no entanto, tinham ocorrido pela dificuldade de motoristas encontrarem o novo modelo de extintor.

Os carros fabricados a partir de 2010 já são equipados com esse tipo de extintor, com carga à base de bicarbonato de sódio e validade de cinco anos. Os antigos extintores, da categoria "BC", são eficazes somente contra chamas em equipamentos elétricos ou provocadas por líquidos inflamáveis.

A partir da nova data, quem não tiver o novo extintor fica sujeito a multa de R$ 127,69 e a perda de cinco pontos na carteira de habilitação.

Por Folha com colaboração Junia Adrielle/estagiária