A Guarda Mirim é um projeto social que existe no município de Sabinópolis há 15 anos. Ela foi registrada em 2000, mas os trabalhos já eram realizados desde 1998. Atualmente ela estava funcionando as quartas e quintas-feiras e também aos sábados. O objetivo do projeto era afastar as crianças e adolescentes da violência.
No momento, as atividades do projeto estão suspensas desde o mês de agosto, devido a uma solicitação da prefeitura, que passou a utilizar o local que era realizado os trabalhos da entidade, como garagem.
Segundo a coordenadora do projeto, Gláucia Vaz, os membros estão esperando um apoio da prefeitura para que seja possível prosseguir com as atividades, uma vez que elas são um ponto de apoio aos jovens da cidade. “Um dos temas que trabalhamos muito com os jovens é o respeito entre as pessoas, e principalmente com os mais velhos. Também mencionamos sempre os símbolos nacionais e seus valores”, compartilhou.
A coordenadora sugere que a Prefeitura utilize o mesmo local com algumas adaptações, diminuindo um pouco o espaço da garagem e cedendo uma parte a Guarda Mirim, ao invés de impedir a realização do Projeto por falta de lugar. “A Prefeitura poderia ainda construir banheiros, como já havia prometido e providenciar um bebedouro com água filtrada para os jovens utilizarem, o que não existe no local,” completou.
Ela afirma ainda, que os mais prejudicados com a suspensão do projeto, são os jovens e as crianças que freqüentavam a Guarda Mirim. “Mesmo sem ter o banheiro e água filtrada para beber, eles queriam que a entidade continuasse a funcionar só pelo prazer de ser um Guarda Mirim e poder usar o uniforme que sempre orgulharam,” salientou a coordenadora.
De acordo com Gláucia, o lugar também era utilizado por um grupo de mais de 60 pessoas da terceira idade, que usavam o espaço para fazer atividades físicas, com segurança, evitando os riscos e perigos das estradas.
Gláucia contou que os voluntários da entidade estão muito tristes e também revoltados com a situação, uma vez que se dedicaram por tantos anos, apenas por carinho e respeito aos jovens e agora não têm o trabalho reconhecido e valorizado pela própria cidade.
O Setor de Jornalismo da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Sabinópolis, e conversou com o Secretário da Cultura e assessor de Comunicação, Zaqueu Batista.
Segundo informações do secretário, a prefeitura está aberta ao diálogo, e vai elaborar um plano de ação para resolver o problema.
Zaqueu ainda afirmou que o prefeito se comprometeu a fazer as adequações necessárias no local, para que as atividades da Guarda Mirim prossigam, e que essas adaptações ainda não foram feitas, devido à crise financeira que acomete todo o país.
Por Folha