Em 2015, a cada minuto, o índice de tentativa de fraude nas compras feitas pela internet em Minas Gerais foi de 3,7%, ou seja, a cada R$ 100 em compras no comércio eletrônico, R$ 3,70 foram em tentativas de fraude.
Em 2014, esse índice foi de 2,9%. Uma alta de 27,5%. Os dados fazem parte do Mapa da Fraude 2016, elaborado por uma das maiores empresas do país especializada em soluções antifraude para transações comerciais.
Foi feito um mapeamento em todas as regiões do país. Os números revelam que, no ano passado, a cada minuto, R$ 3.610,20 foram registrados em tentativas de fraude nas compras feitas pela internet no Brasil. Isso representa 4,40% de todas as transações em lojas virtuais no país – número que supera do ano anterior, o qual chegou a 4,10%.
Minas Gerais registrou um índice menor do que o verificado no país em 2015 e é o terceiro em tentativas de fraudes da região Sudeste, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os fraudadores têm suas preferências e, em Minas, elas seguem a tendência nacional, só divergindo com os produtos que ocupam a quarta e quinta posições. “O fraudador prefere o que tem melhor liquidez. Por exemplo, entre um microondas de R$ 300 e um celular de mesmo valor, ele vai preferir fraudar a compra do telefone”, esclarece Martins.
No Estado, os segmentos mais procurados pelos fraudadores são: games (8,9%) celulares (8%); eletrônicos (6,1%); acessórios (5,8%) e artigos esportivos (3,8%)
Alerta. Para evitar fraudes com o cartão de crédito, por exemplo, o consumidor deve tomar alguns cuidados básicos. “A primeira dica, e mais importante, é optar somente por lojas mais conhecidas. É preciso verificar se ela possui CNPJ, endereço válido e, principalmente, um contato de atendimento ao consumidor”, recomenda Omar Jarouche, que é gerente da mesma área da ClearSale.
FIQUE DE OLHO/Cinco dicas para evitar fraudes no e-commerce:
Optar somente por lojas conhecidas. Verificar se ela tem CNPJ, endereço válido e, principalmente, um contato de atendimento ao consumidor.
Antes de criar um cadastro ou colocar informações do cartão de crédito, checar se o site possui um protocolo de segurança como https. Plataformas conhecidas de pagamento também são um bom indicativo de que a loja é confiável.
Ficar atento a lojas que só aceitam boleto ou transação bancária. Por essas formas, o débito é automático e o estorno do valor não é garantido. Com o cartão de crédito, o consumidor tem respaldo maior com as operadoras.
Desconfiar de descontos muito agressivos. Promoção absurda em link desconhecido, não clique. Provavelmente o endereço será uma tentativa de phishing, isto é, quando um hacker tenta obter senhas e dados bancários por um link falso.
É preciso não só frequentar site seguro, mas também ter certeza de que o dispositivo usado está blindado contra eventuais ataques. Computadores e smartphones devem estar protegidos. Para evitar que fraudadores capturem dados bancários indevidamente, só navegar em uma rede privada criptografada com senha e ter antivírus sempre atualizado.
Por O Tempo/ Edição Folha