Com prazos mais curtos para campanha e propaganda eleitoral, além de uma janela de filiação partidária mais extensa e o fim do financiamento privado, o pleito deste ano para prefeitos e vereadores deve ser marcado pela mudança no perfil dos candidatos.
Segundo previsão dos próprios partidos, sai na frente quem já é conhecido, o que acaba por limitar o espaço para novos nomes. Diante desta constatação, as legendas já trabalham na consolidação de pré-candidatos tomando como base o nível de popularidade e experiência dos mesmos.
Entretanto, o desafio não se limita à experiência do candidato. Até quem já está calejado no quesito eleições terá que lidar com o arrocho de recursos e buscar apoio nas doações.
Como foi definido pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado, fica proibida a doação de empresas para campanhas eleitorais. É permitida apenas a doação de pessoas físicas que, pela lei, podem contribuir com até 10% de seu rendimento no ano anterior ao pleito.
“O candidato terá que se valer de recurso próprio ou doação de pessoas físicas para viabilizar a campanha. E nós sabemos que não há tradição no Brasil de pessoa física doar para campanha eleitoral, então estamos trabalhando para superar isso com militância política”, ressalta o deputado federal e presidente do PSDB em Minas, Domingos Sávio.
Aspecto positivo
Apesar de ser visto por alguns como um problema, há quem enxergue vantagens no fim do financiamento privado de campanhas. Na avaliação do presidente do DEM em Minas, deputado federal Carlos Melles, a mudança vai levar a um nivelamento dos candidatos.
Por Hoje em Dia