O problema é de longa data. Segundo a moradora, Maria Cassimiro desde 2011, os moradores são obrigados a conviver com a lama no bairro, principalmente ela, que tem sua casa em frente a parte mais critica do João Miranda.
Dona Maria, que na época era presidente da associação do bairro, contou que tal situação gerou até processo contra uma construtora que atua no bairro, que chegou a fazer bocas de lobo na rua para que a lama fosse escoada e não atingisse as casas.
“Na época fui à promotoria e abri um processo contra essa empresa, o antigo prefeito também foi intimado para ficar a par da situação, que foi em parte resolvida. Mas fui para fora do país e quando voltei encontrei a rua em estado de calamidade”, desabafou.
De 2011 pra cá, segundo a moradora, a rua principal do bairro recebeu massa asfaltica feita pela antiga administração, mas foi só a chuva chegar que a situação piorou. “No processo consta que as obras não poderiam continuar do jeito que estavam, mas a construtora fez um desvio e a água voltou a escoar para a rua. As bocas de lobo estão entupidas de tanta lama. É só vir aqui e ver a situação da porta da minha casa, não tem como nem sair com o carro. Uma vizinha teve o salão inundado e perdeu muita coisa”, argumentou.
Para manifestar, dona Maria cercou uma parte de terra em frente a sua casa, colocou plantas e intitulou como “cemitério”. “É assim que eles me consideram como uma pessoa morta, já que não fazem nada para resolver esse problema”, explicou.
A moradora disse que já voltou ao fórum e que mais uma vez vai manifestar contra essa situação e espera que o atual prefeito possa colaborar.
Na manhã de hoje, a reportagem da Folha tentou falar com a construtora, mas o telefone não foi atendido.