O Parque Nacional da Serra do Cipó estará parcialmente fechado nesta quinta-feira para treinamento de brigadistas que vão atuar na prevenção e combate a incêndios florestais no local e em pontos de interesse da Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira.
Uma área considerada crítica do parque sofrerá uma queima controlada, o que vai prevenir incêndios fora do controle no período de seca, entre junho e novembro deste ano. A Cachoeira do Capão dos Palmitos e o Centro de Visitantes, atrativos que têm acesso pela Portaria Areias estarão abertos ao público. Na sexta-feira, o parque vai funcionar normalmente.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2015 aproximadamente 7.547 hectares da Serra do Cipó foram queimados, uma área que corresponde a 23,86% do parque. O número é praticamente o mesmo registrado no ano anterior, 7.500 hectares.
A área que será queimada nesta sexta-feira tem 44 hectares e foi previamente selecionada pelo ICMBio, que gerencia as unidades de proteção. O trabalho será acompanhado por analistas ambientais. “Estamos fazendo um manejo integrado, já previsto no plano de combate a incêndios.
Será uma queima com fogo de baixa intensidade, no final do período de chuva. Com isso, estamos eliminando o combustível composto de capim morto e plantas rasteiras que estarão secas na estiagem. Se ocorrer um incêndio neste local é praticamente impossível debelá-lo”, explica Flávio Lucio Braga Cerezo, chefe do parque nacional.
A previsão é que 36 brigadistas sejam contratados por seis meses, com início das atividades em junho. Eles serão distribuídos em seis esquadrões que irão se revezar em pontos estratégicos da Serra do Cipó, Altamira e Serra dos Alves. Entre as tarefas diárias, a equipe vai construir aceiros, fazer limpeza de trilhas, manutenção de equipamentos e orientações sobre o bom manejo do fogo pela comunidade.
Por O Tempo