O Hospital Nossa Senhora da Saúde, em Diamantina, cujo atendimento é 95% feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), está com o atendimento paralisado desde esta segunda-feira (19). De acordo com a direção da instituição, o repasse de verbas estaduais está atrasado há oito meses.
Os pacientes que procurarem o hospital serão encaminhados a outras unidades de saúde. “Nenhuma clínica atenderá quaisquer pacientes oriundos da cidade de Diamantina ou qualquer outro município, independentemente de sua classificação de risco. As portas permanecerão fechadas”, diz a nota do hospital.
O setor de anestesiologia só irá realizar cirurgias de urgência previamente agendadas. A pediatria, a ortopedia e a clínica médica suspenderam o atendimento. Na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal os pediatras permanecerão de plantão até o último paciente receber alta ou ser transferido.
O Hospital Nossa Senhora da Saúde é considerado de referência na região. Os pacientes estão sendo atendidos na Santa Casa de Caridade de Diamantina. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Cinara Lemos Meira Souza, um plantão emergencial foi montado no local. O atendimento de atenção primária foi reorganizado e profissionais foram realocados para atender a demanda.
Ainda segundo ela, pacientes graves poderão ser transferidos para Montes Claros, no Norte de Minas, Betim, na região Metropolitana de Belo Horizonte, e Sete Lagoas, na Região Central do estado.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) informou que os repasses, referentes a 2016, estão dentro do previsto. “A instituição recebe recursos do estado referente ao programa de fortalecimento e melhoria da qualidade dos Hospitais SUS-MG (Pro-Hosp) e rede de urgência e emergência”.
Ainda de acordo com a SES, referente ao Pro-Hosp, o valor de R$ 551.297 será repassado em três parcelas iguais. A primeira, segundo a secretaria, foi paga dia 29 de julho e a segunda está em processo de pagamento. Da rede de urgência e emergência, a instituição recebe R$100 mil por mês. Os pagamentos estão em dia até julho de 2016.
Por G1/Edição Folha