De acordo com a ex-presidente da Associação de Moradores do Aod Pereira - AMAP e também invasora, Claudiana Felício, essa nova invasão aconteceu principalmente devido à falta de informações prestadas pela atual presidência da associação de moradores, e também com os mesmos objetivos da primeira invasão em janeiro deste ano. "O juiz deu um prazo de seis meses para o Ladinho lotear a área e repassar aos invasores, mas nada disso foi feito, apenas o cadastramento das famílias", revelou.

A ex-presidente continuou, "Nós não estamos querendo os lotes de graça, estamos dispostos a pagar, assim como os invasores do bairro Nações estão pagando. O Ladinho mandou máquinas e policiais para atirar em nós como se fossemos bandidos, mas para subir no palanque e pedir votos para ele, eu não era bandida".

A ex-presidente conta sobre as dificuldades que têm passado com a falta da casa própria. "Eu moro no fundo da casa da minha mãe. As paredes estão rachadas, em tempo de cair em cima de mim e dos meus filhos." E prossegue, "Boi pode morar aqui (local da invasão), mas ser humano que não tem casa não pode morar".

Claudiana complementa ainda que não vai sair do local. "Eu não vou sair daqui. Nós respeitamos muito a justiça, mas de noite eu vou colocar os meus 'tocos' aqui e ficarei até o prefeito Ladinho vir e negociar", finaliza.

Vanderléia Felício das Graças, outra invasora, faz um desabafo: "A minha revolta é que pessoas de outros bairros invadiram e o prefeito deixou quieto, mas no nosso caso é diferente. Vou continuar com a ocupação porque não tenho onde morar, moro de aluguel", conclui.

Muitos moradores afirmaram ainda que estão preparando um abaixo-assinado para retirar o atual presidente da Associação de Moradores, Manassés Meireles Ferreira, do Aod Pereira, por não concordarem com atitudes do mesmo.

Reunião com invasores
Na manhã desta quarta-feira (15), os invasores se concentraram na Prefeitura e se reuniram com o Secretário de Governo, Lair Bueno, que afirmou que o Executivo está trabalhando para a aprovação do 'Plano A', o 'Minha Casa, Minha Vida'.

O Secretário disse ainda que em uma reunião em Brasília foi solicitado prazo até agosto deste ano para a construção de casas do programa 'Minha Casa, Minha Vida' e que caso não dê certo há ainda um 'Plano B' que está em fase de criação.

Lair Bueno propôs ainda se reunir com cinco ou seis invasores quinzenalmente para ouvir suas reivindicações.

Por Folha