“Com as informações passadas pelo Reginaldo, nós subimos a montanha onde ela cresce e a estudamos e coletamos amostras para poder oficializar a descoberta. Nós voltamos lá um ano depois dessa primeira viagem, dessa vez junto do Reginaldo, para fazer mais estudos e observações”, contou Gonella.

Depois da expedição, a planta foi nomeada como Drosera magnifica, por causa de seu tamanho avantajado e beleza singular. “Para se descrever uma nova espécie, são necessário vários passos: amostras são coletadas, prensadas, secas, estudadas e comparadas a outras espécies conhecidas.

Com esses dados, preparamos uma descrição, que deve ser publicada numa revista científica. As amostras que são coletadas são mantidas em um herbário, que é um museu de plantas”, explicou Gonella.

Mal foi descoberta e a planta já foi considerada uma espécie em extinção. Isso porque ela aparece em apenas um local com um ecosssistema bastante frágil e ameaçado pela criação de gado e plantações de café e eucalipto.

“Essa descoberta é importante por várias razões. Ela mostra a crescente importância das redes sociais na descoberta de novos registros e até mesmo de novas espécies. Ao possibilitar esse contato entre botânicos profissionais e entusiastas da natureza, elas permitem uma grande troca de informações com ganhos para ambas as partes”, conclui o especialista.

Por Hoje em Dia