Neste sábado (18), a meia noite, milhões brasileiros terão que adiantar os relógios em uma hora. É o início da temporada 2015-2016 do horário de verão nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
O estagiário de comunicação da Folha FM, Diego Rafael, saiu às ruas do centro de Guanhães para saber a opinião das pessoas a respeito da mudança.
A comerciante e moradora do bairro Vermelho, Valquíria, 35, já sabe que o horário de verão será aplicado, e acredita que esta medida é tomada para a economia de luz. Ela disse ainda que gosta da mudança, “Eu prefiro o horário de verão, porque dá para aproveitar as tardes e realizar atividades físicas. Um ponto negativo do inicio deste horário é somente a adaptação, mas, uma vez que a gente se adapta, o dia fica maior” afirmou.
Já o construtor e morador do Bairro João Miranda, Risael Paulo, 42, afirma que nunca parou para pensar sobre a medida, e que também não sabe a utilidade dela. “Para mim não muda nada, está tudo tranquilo, eu me adapto em qualquer circunstância.” disse o cidadão.
A cabeleireira Edimara Vieira, 26, moradora do bairro Expansão, disse que adora o horário de verão porque tem mais tempo para trabalhar e o trabalho rende muito mais, ela contou ainda, que não tem problemas para se adaptar com o novo horário, “Para mim não altera em nada, somente para trabalhar”.
Já a estudante Thaysa Medina, 22, moradora do Centro, conta que odeia a mudança e não consegue se adaptar muito bem: “ Você acostuma a dormir em um horário e acaba indo dormir em outro completamente diferente. Fico toda descontrolada. Quando você começa a se adaptar, o horário já acabou.” diz a jovem de 22 anos.
Para a cabeleireira Ulenir Miranda, 51, também residente do Centro, o horário de verão ajuda bastante no trabalho e poderia existir durante o ano inteiro, que não afetaria em nada a vida dela.
Objetivo
O principal objetivo da medida é, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda no período de ponta, entre as 18h e às 21h.
A estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia durante o verão para reduzir o gasto de energia. Entre os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior duração em algumas regiões, por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o horário de verão representa uma redução da demanda, em média, de 4% a 5% e poupa o país de sofrer as consequências da sobrecarga na rede durante a estação mais quente do ano, onde o uso de eletricidade para refrigeração, condicionamento de ar e ventilação atinge o pico.
Efeitos
Há quem reclame que a nova rotina vem acompanhada de uma série de efeitos colaterais ao organismo, como perda de apetite e insônia.
Para evitar os problemas, a recomendação é aproveitar os próximos dois dias para submeter o corpo a uma espécie de test-drive e forçá-lo a se adaptar às mudanças.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, a Cemig espera reduzir a demanda máxima em 4%, o equivalente a 332 MW, potência que corresponde, por exemplo, à demanda de pico em cidades como Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Sete Lagoas, na região Central.
História
O horário de verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1 de outubro de 1931, através do Decreto 20.466, abrangendo todo o território nacional. Houve vários períodos em que este horário não foi adotado.
Desde 1985 o horário de verão é adotado anualmente. Nesse período a abrangência, inicialmente nacional, foi reduzida sucessivas vezes até que em 2003 atingiu a atual.
Com Agências e colaboração estagiário Diego Rafael