O Governo de Minas, por meio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), promoveu em 2011 a certificação de 221 marcas de cachaça de alambique. A expectativa para 2012 é que o número de estabelecimentos certificados no estado aumente em pelo menos 10%.
Em Guanhães, ainda não há nenhum alambique que esteja em processo de certificação, mas a boa notícia para os consumidores é que na região já é comercializada uma cachaça de qualidade. Segundo o engenheiro agrônomo da Coordenadoria Regional do IMA em Guanhães, Robson Duarte Gomes, as cidades de Peçanha, Coluna e Capelinha possuem cachaças certificadas.
“O primeiro pré-requisito é ter registro no Ministério da Agricultura, quando passa a ser reconhecida como cachaça artesanal de alambique. A partir daí, é seguir as instruções normativas, como está fazendo um alambique em Sabinópolis, que já está em processo de certificação”, explicou.
Robson informou que no momento de requerer a certificação, o produtor pode optar por três sistemas produtivos da cana: o convencional, o sistema orgânico (produzidas sem a utilização de agrotóxico e adubos químicos) e o sistema SAT, sem agrotóxicos, porém com a utilização de adubos. Ainda segundo o profissional, as cachaçarias são certificadas segundo o processo de produção usado, atendendo os procedimentos de boas práticas, adequação social e responsabilidade ambiental.
Para o engenheiro agrônomo, o programa de certificação da cachaça traz vantagens para os produtores e consumidores. “A certificação é uma maneira de atestar a qualidade e agregar valor ao produto, além de ganhar novos mercados”, afirma.
As cachaças certificadas também possuem a chancela de Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) vinculada à condição de Organismo Certificador de Produto (OCP).