Para quem acompanha as notícias da Folha, sabe muito bem que essa história, ou seria novela? É antiga.
Os inúmeros gargalos encontrados nos 26 km, da MG-229, estrada de terra, que liga Senhora do Porto a Dom Joaquim, são registrados pela reportagem há 3 anos e meio. Mas, para os usuários, os problemas existem desde a criação do trecho.
Da primeira matéria até hoje, algumas medidas paliativas foram tomadas, como cascalhamento e intervenções para a conservação da estrada, contudo, a solução real do problema, que seria o tão sonhado asfaltamento, até hoje não saiu do papel.
Os transtornos vivenciados por quem precisa utilizar o trecho são diários, mas há período em que a situação fica intolerável. Assim como a época mais seca, a chegada das chuvas torna a estrada, se é possível, ainda mais intransitável.
Para quem depende da rota, e já não aguenta mais promessas, o jeito é desabafar. Foi o que fez na última semana, o enfermeiro Douglas Mourão, que é de Sabinópolis, mas que atualmente mora e trabalha em Dom Joaquim.
Segundo o usuário, que chegou a manifestar sua indignação em uma reportagem no ano passado, ele queria ser respeitado como cidadão. “R$ 1.861,28. É esse o valor que irei pagar de impostos e taxas para o governo correspondente a documentação de veículos este ano (fora outros impostos cobrados em peças, gasolina, etc.). E sabe o que o (des) governo me oferece em troca? Uma estrada nessas condições.”
De acordo com enfermeiro, assim como foi informado pela reportagem da Folha em 2015, no então programa "Caminhos de Minas", a estrada consta como obra a licitar (autorizada). “A obra não começa, o DER não faz o devido cascalhamento da estrada. Eles vão lá duas ou três vezes no ano e fazem o patrolamento da estrada, mas não adianta.Na primeira chuva ou com poucos dias ela volta ao normal, esburacada e em péssimas condições. Essa estrada tem um fluxo enorme de veículos, além de ser uma rota diária das ambulâncias de Dom Joaquim e Conceição do Mato Dentro”.
Douglas ainda desabafa e faz um apelo: “Fico triste quando vejo um paciente fragilizado, com a saúde debilitada ter que entrar em uma ambulância e enfrentar essa estrada. Isso é desumano, é um absurdo. Por favor, exijo o que é de direito meu como cidadão, dê um jeito nessa estrada”.
Na semana passada ou usuário do trecho mandou fotos pedindo ajuda. Segundo o cidadão: “barrancos caindo, árvores caídas, crateras, buracos e acúmulos de água e barro pode ocasionar perda da direção de alguns carros, causando assim um possível acidente”. E ele completa: “precisamos mobilizar para cobrar o asfaltamento ou no mínimo uma manutenção constante principalmente neste período de chuva”.
Assim como em todas as matérias, a reportagem da Folha tentou entrar em contato com a 2ª Coordenadoria Regional de Guanhães DER/MG, para obter um retorno, mas o telefone que consta na lista telefônica de 2016 como do órgão, é tido como inexistente.
Por Folha Fotos enviada pelos usuários