Soluções rápidas e eficazes para a recuperação das áreas afetadas pelo rompimento da barragem em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central do estado. Esse foi o desafio proposto aos pesquisadores de Minas Gerais e do Espírito Santo com o lançamento da chamada 04/2016 “Tecnologias para recuperação da Bacia do Rio Doce”.
A iniciativa, anunciada nessa quinta-feira (7), é fruto de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A previsão é de um investimento de R$ 6,7 milhões nos projetos aprovados. As propostas relacionadas a essa chamada devem ser direcionadas de acordo com quatro linhas temáticas: "Recuperação do solo", "Recuperação da água", "Recuperação da biodiversidade" e "Tecnologias sociais". As linhas foram definidas após debates com pesquisadores de diferentes áreas que, durante um workshop realizado no início de dezembro, apresentaram sugestões e demandas que atenderiam com maior eficácia a área impactada.
As propostas podem ser submetidas até 7 de março de 2016. De acordo com o presidente da Fapemig, Evaldo Ferreira Vilela, o que se espera são produtos e tecnologias que busquem soluções para problemas que atingem as regiões afetadas. “Os projetos podem até resultar em artigos e livros, mas não é esse o foco. Estamos em busca de tecnologias que ajudem na recuperação do meio ambiente, e que também levem em consideração as populações afetadas”. Por isso, a chamada prevê que, a cada seis meses, os pesquisadores forneçam relatórios de acompanhamento para verificar os avanços das iniciativas.
Parcerias
Durante o evento, foram assinados, ainda, dois acordos de cooperação. Um deles, com a Fapes, prevê a elaboração de uma nova chamada pública com foco na recuperação das condições socioambientais dos municípios afetados pelo rompimento da barragem. Essa chamada vai privilegiar propostas em rede, ou seja, apresentadas por grupos que incluam pesquisadores dos dois estados ou mais. O outro acordo foi assinado com a Capes e prevê a colaboração mútua para implementação de ações e programas que visem ao aprimoramento de competências na área de desastres naturais.
Por O Tempo