Com a reitoria lotada pelas comitivas de todas as cidades que pleiteiam a expansão da UFVJM (Minas Novas, Capelinha, Itamarandiba, Almenara, Itaobim, Araçuaí, Jequitinhonha e Nanuque), o reitor da UFVJM, Pedro Ângelo, iniciou a reunião na manhã de sexta-feira (10), informando que a expansão universitária não estaria em pauta para discussão; disse ainda que após a votação das pautas os professores poderiam discutir a questão levantada.
A decisão arbitrária gerou revolta dos presentes, que se manifestaram contrariamente e permaneceram por quase duas horas na reitoria, observando a discussão da pauta do Conselho Universitário da UFVJM –CONSU. Em um dado momento, Pedro Ângelo, leu carta do “Movimento a UFVJM é Nossa”, que reivindicava a imediata votação sobre a expansão da universidade. A carta ainda citava o oportunismo de políticos, com o movimento pró-campus no Vale.
O reitor esclareceu que a decisão sobre a expansão é técnica e não política, como vinha sendo colocada por alguns políticos, que pressionava junto à reitoria a expansão para o município de seu interesse. Explicou ainda, que requereu que o tema fosse retirado de pauta tendo em vista que o relatório técnico elaborado pela comissão instituída pela UFVJM estava incompleto e não apontava qual cidade, em cada localização geográfica, deveria ser incluída no PDI.
Novamente a plateia e um membro do CONSU se manifestaram contra a decisão do reitor Pedro Ângelo, demonstrando insatisfação sobre um novo adiamento. Uma nova manifestação popular começou, com direito a uma vaia. Irritando, o reitor suspendeu a reunião e determinou a retirada de todos, incluindo a imprensa.
A atitude de Pedro Ângelo, gerou mais protesto. Todo o movimento popular virou de costas para o reitor e entoou o Hino Nacional Brasileiro, além de gritos como “o povo unido, jamais será vencido”. Depois, todos se retiraram do plenário aos gritos do refrão da música “Que país é este?”, de Renato Russo.
Um conselheiro informou que a decisão sobre a expansão deverá acontecer mesmo no próximo encontro, dia 2 de março. Porém, como a comissão responsável terá que elaborar novo relatório e caso esta comissão se recuse em elaborar este documento, o reitor teria que instituir outra comissão para elaborar tal documento, o que demandaria muito tempo.
O novo adiamento poderá atrapalhar o sonho da expansão em cidades do Vale do Jequitinhonha, pois o MEC deverá decidir sobre plano de extensão das universidades federais em março ou abril, o que tornaria inviável a expansão da UFVJM, haja vista que a demora em definir qual cidade está apta a receber extensão de campus.
Com informações Blog do Jequi