Para um trabalho realizado por técnicos da CEMIG, na Avenida Milton Campos, o comércio precisou ficar praticamente parado na sexta-feira, dia 14, a partir das 10h. A quebra na rotina deixou comerciantes indignados pela falta de informação, já que ninguém foi previamente avisado do corte de energia em pleno dia útil.
Quem foi à casa lotérica para apostar, pagar contas ou receber algum benefício, não conseguiu. Para o dono do empreendimento, a falta de comunicação foi o principal fator na insatisfação dos lojistas. “Foi um prejuízo horroroso. Só fiquei sabendo quando chegaram para desligar nossa energia. Tinha jogo acumulado e as pessoas não conseguira apostar, quem tinha conta pra pagar, também ficou na mão. Não nos comunicar foi uma falta de respeito com o consumidor”, diz Acioli Catão.
Os comerciantes do gênero alimentício também são os donos dos principais prejuízos. Francisco Pimenta Lopes é proprietário de uma lanchonete e já calcula cerca de R$ 2.500 perdidos com a falta de vendas. “Tivemos que manter os congeladores fechados para não perder alimentos e também não pudemos vender salgados já que a pasteleira e a estufa são elétricas. Fomos lesados por não sermos avisados, ou teríamos nos preparado”, comenta.
Em uma das agencias bancárias da avenida, segundo informações da gerência, o que salvou em partes, foi o gerador. Mas para garantir, foram efetuados pagamentos apenas de clientes com contas vencidas ou a vencer na data do incidente.
Para entender o real motivo das obras e a falta de comunicação, a reportagem da Folha de Guanhães, durante toda a manhã de segunda-feira, tentou fazer contato com a empresa CEMIG, mas não foi possível falar com o responsável pelo setor que responde à imprensa. A única informação recebida foi a de que o comunicado foi feito através de uma rádio da cidade de Conceição do Mato Dentro, há cerca de noventa quilômetros de Guanhães.
Por Samira Cunha