A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a primeira morte por gripe em Minas Gerais em 2015. De acordo com um balanço divulgado pelo órgão nesta quinta (23), o paciente era morador de Belo Horizonte e foi vítima do vírus Influenza B.
Desde janeiro, de acordo com a SES-MG, o órgão recebeu notificação de dois casos de gripe no Estado. Além do caso de Influenza B em Belo Horizonte, há registro de um paciente que foi vítima do vírus Influenza A/H3, em Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. O caso não evoluiu para óbito.
De acordo com a SES, em 2014, foram registrados 161 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave causados por Influenza em Minas Gerais, sendo que 35 também evoluíram para óbito.
Ainda segundo o órgão, a vacina contra a gripe que será aplicada esse ano é trivalente e protege contra Influenza A (H1N1), Influenza H3N2 e Influenza B.
Suspeita de Influenza A (H1N1)
A Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba, no Triângulo Mineiro, informou que está acompanhando a apuração de um caso suspeito de H1N1. A paciente é uma mulher, de 50 anos, que está internada em isolamento no Hospital São Marcos. Se for confirmado, esse será o terceiro caso de infecção por gripe no Estado em 2015.
Cuidados redobrados
De acordo com a médica clínica e especialista em vacinas do grupo Hermes Pardini, Marilene Lucinda, a gripe pode ser letal principalmente para crianças com menos de cinco anos, idosos, portadores de imunodeficiência e de doenças crônicas, considerados integrantes do grupo de risco.
Os cuidados necessários para evitar o contágio, no entanto, são recomendados para todas as faixas etárias, já que as complicações decorrentes da doença podem levar à morte pessoas que estão fora desse grupo.
Segundo Marilene, “o Influenza B é responsável pelos casos mais graves e com maior incidência de morte”, explica. No entanto, segundo ela, os vírus do tipo Influenza A podem causar grandes surtos - como no caso da epidemia de gripe suína, causada pelo vírus Influenza A H1N1 em 2013 - e, por isso, não é possível dizer que um vírus seja mais perigoso que o outro. Por isso, a orientação é prevenir, principalmente durante o outono e o inverno, quando o tempo é seco.
“As pessoas devem evitar locais fechados, com grande aglomeração de pessoas, e ter atenção ainda maior com a higiene das mãos. Ao espirrar, é preciso também ter o cuidado de usar ou o antebraço ou um lenço de papel”, explica a médica.
Por O Tempo
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