Nesta época do ano, é comum ver o céu cheio de pipas. No entanto, a diversão para uns se transforma em tragédias para outros, já que a mistura de cola de madeira com vidro moído, conhecida como cerol, pode fazer vítimas.
Em Guanhães, assim como em boa parte das cidades brasileiras, não há lugares destinados à soltura de pipas e papagaios. Por isso, o alerta, já que crianças e adolescente que usam de lajes e lotes vagos para brincar podem colocar em risco suas vidas e as de outras pessoas.
Segundo informou o Tenente Mucidas, da 25º Cia Independente de PM de Guanhães, na cidade não há registro de acidentes com motociclistas ou crianças nos últimos anos, por causa de linhas com cerol. Porém, esclarece que o uso do produto é proibido por uma lei estadual.
“O uso de cerol em objetos como a pipa e o papagaio é uma proibição legal. Cabe à PM fiscalizar e caso um menor ou um adulto seja pego utilizando, o material é apreendido e ele é conduzido à delegacia onde será lavrado um boletim de ocorrência, além de ter que pagar uma multa de R$ 100 por produto apreendido”, explicou.
Tenente Mucidas também informou que a infração pode ter um agravante e a multa pode ser aumentada em 100% caso o material seja utilizado em áreas de trânsito de pedestre ou de veículo, próximo a escolas, hospitais, poste de eletricidade, entre outros. Além disso, o responsável deve ainda ressarcir, por exemplo, por danos materiais ou a patrimônio público.
“Caso o uso do cerol resulte em homicídio, o menor é internado por um período de até três anos em um centro socioeducativo. Já no caso dos maiores de 18 anos, a pessoa é presa e julgada por homicídio culposo”, ressaltou. Denúncias podem ser feitas pelo número 190.
Acidente
No mês de fevereiro deste ano, 4.000 clientes ficaram sem energia elétrica, em Guanhães. A interrupção, que durou quase três horas, foi ocasionada por causa de uma pipa que caiu na rede e desarmou o fornecimento. A imprudência de quem soltava a pipa, mesmo com tantas campanhas de alerta, aconteceu no centro da cidade.