A vida realmente não está fácil para o trabalhador brasileiro que quer finalmente ter seu momento de descanso, após muitos anos de atividade. Em Guanhães não é diferente.
Os funcionários do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS continuam em greve por tempo indeterminado.
De acordo com a gerente da agência em Guanhães, Glaucia Lopes Barroso, não há previsão de retorno das atividades normais do INSS. Ela afirma ainda que apenas as perícias médicas já agendadas estão sendo realizadas.
A greve iniciada em 7 de julho, já dura cerca de 50 dias.
Dificuldades
Para o motorista guanhanense de 32 anos, João Paulo Costa, a greve não é justa. “Essa paralisação não é correta e está afetando muitas pessoas que necessitam dos serviços do INSS”, conta.
O motorista acredita que há outras formas de reivindicações. “A greve não é a única forma de reivindicação. Para acabar com isto é preciso ir mais longe, mudar o governo”, ironiza.
João Paulo conta que espera há mais de três meses para receber auxílio na instituição.
Orientações
Devido à situação, o INSS divulgou algumas orientações para os usuários seguirem durante a mobilização.
Os segurados que tenham agendamento para atendimento em uma Agência da Previdência Social (APS) e que não sejam atendidos em razão da greve terão a data de atendimento remarcada.
O reagendamento será realizado pela própria APS e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada para o atendimento.
O INSS afirma que considerará a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, para se evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados. Para saber quais as agências não estão atendendo e demais orientações, os usuários podem ligar para a Central de Atendimento 135.
O Ministério da Previdência Social e o INSS alegam que "têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária e, por isso, mantém as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos".
Por Folha com colaboração estagiário Diego Rafael
Foto: Kelly Figueiredo