A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) promoveu hoje (11) uma audiência pública para debater propostas das concessionárias de telefonia a fim de definir novas formas de cobrança para os telefones públicos – os chamados orelhões.
A ideia é migrar dos atuais cartões indutivos – encontrados em lojas de conveniência, bancas de jornais e padarias – para os cartões de chamadas. O novo sistema funciona por meio de inserção de uma série de códigos.
Segundo o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, José Bicalho, por mais que as pessoas tenham adotado aparelhos celulares, os orelhões ainda são fundamentais para boa parte da população. “O orelhão está presente em 40 mil localidades do país. E, em 23 mil delas, ele é a única forma de comunicação”, disse o superintendente.
Durante a audiência, cinco concessionárias de telecomunicações apresentaram propostas similares visando a adoção dos novos cartões em 900 mil orelhões que operam no Brasil.
Pelo novo sistema, os cartões funcionariam com códigos para acesso a chamadas. As senhas ficariam visíveis após parte da superfície do cartão ser raspada. Com isso, além de digitar o número do telefone para o qual o usuário pretende fazer a ligação, ele teria de digitar uma ou duas outras sequências de números.
Bicalho admitiu que os novos cartões não trazem só benefícios. Citou o caso de pessoas com dificuldades de visão. E acrescentou: “Esse processo pode acabar [também] sendo mais complexo inclusive para idosos”.
Outra mudança que está sendo estudada se refere à forma de tarifação, que hoje é mais complexa, por meio de crédito e pulso. No atual formato é difícil para o usuário avaliar o custo de cada ligação. Já no formato em estudo, o valor a ser pago corresponde ao tempo exato da ligação.
Por O Tempo
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