Desde a tarde de sábado (25), após a morte de Gilmar Pereira Santos, de 42 anos, durante uma abordagem policial no bairro Milô, a família só pensa em uma coisa: justiça. E com esse objetivo, vai realizar às 14h desta segunda-feira, uma manifestação na porta do Quartel da PM de Guanhães, com a presença de amigos e da comunidade em geral, que quiser participar.
As informações são da sobrinha da vítima, Joseane dos Santos Silva, que também declarou à reportagem: “todos nós estamos muito chateados e revoltados, esse não é o primeiro caso em Guanhães. Vamos correr atrás dos nossos direitos e faremos o possível para que sejam cumpridos. Como você denuncia uma pessoa sem saber se ela está mesmo armada? Isso é calúnia. Vamos manifestar porque não queremos que esse crime fique impune”.
Ainda segundo a sobrinha, a família acredita ser injustificável como a abordagem foi realizada pelo militar. “Pelo que soubemos de testemunhas no momento da abordagem, meu tio chegou a fazer um movimento pra levanta a blusa, e de fato, ele estava com uma bobina de carro no bolso, mas se o policial se sentiu ameaçado por que não atirou em uma região que não o matasse? porque foi na cabeça? Isso que nos revolta, nada justifica”, desabafou.
Gilmar foi enterrado na tarde desse domingo (27) no cemitério local. O militar que disparou contra a vítima foi preso no quartel da Polícia Militar no sábado (25), onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante. Segundo informações da PM de Guanhães o caso foi encaminhado para o juiz de plantão que homologou e encaminhou ao fórum; o militar continua preso.
Relembre o caso
Segundo informações apuradas no local do crime, a Polícia recebeu uma denúncia de que a vítima Gilmar Pereira Santos, de 42 anos, mais conhecido como Nico do Poção, morador da zona rural de Jacutinga, estava portando uma arma de fogo.
Ao ser abordado na Rua Djalma Prado, um sargento da PM pediu que ele se posicionasse para uma busca pessoal, mas ele não obedeceu, momento em que teria tirado da cintura uma bobina de carro, e de imediato recebeu o disparo da arma do militar.
Segundo a delegada de plantão, Dra. Fernanda, a perícia da Polícia Civil compareceu ao local e realizou os trabalhos de praxe, o corpo foi liberado logo após, já que foi periciado por um legista da cidade.
Por Folha