"Me tire daqui. Eu corro risco de ser morto. Peço que seja transferido para APAC em Santa Luzia por que lá não tem polícia nem agentes", implorou o preso ao advogado Ângelo Carbone, por meio da carta.
Segundo o defensor, o pedido visa resguardar a vida do cliente, que estaria sendo ameaçado e torturado por agentes do presídio e por policiais. "Parece que todos eles são enviados pelo Marcos Aparecido dos Santos, o Bola", disse.
Jailson passou a ser considerado peça chave no caso Bruno depois que contou à polícia ter ouvido Bola descrever como matou a modelo. Ele também denunciou um plano do ex-policial para assassinar autoridades.
Passagem por Guanhães
No dia 17 de julho de 2012, quando realizava serviço de pintura em uma das salas do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jaílson fugiu. O detento estava preso no Ceresp São Cristóvão ao lado do departamento.
No mesmo dia ele foi preso em Guanhães, depois de ser parado numa blitz da Polícia Rodoviária de São João Evangelista. A moto usada na fuga, uma Yamaha Fazer, placa HIY 7619, emplacada em Contagem/MG, não tinha documentos e por duas vezes Jaílson deu nomes falsos aos policiais até confessar sua identidade e que era foragido do Centro de Remanejamento de Presos São Cristóvão (Ceresp).
Em entrevista exclusiva à reportagem da Folha de Guanhães, Jailson contou que fugiu porque estava sendo ameaçado de morte e que depois que a poeira baixasse, fugiria para a Paraíba, estado onde nasceu.