Uma senhora de 81 anos, moradora do centro de Guanhães cansou de esperar o poder público e decidiu partir para ação, capinando parte de sua calçada, depois de uma grande quantidade de mato ameaçar a vizinhança com cobras e escorpiões.
Essa é a história de Amélia Albino Teixeira, natural de Senhora do Porto e que mora em Guanhães há 20 anos. “Antes de me mudar para Guanhães, morava na roça e não estava acostumada a viver com tanto mato”, compartilha.
“Certa vez, minha filha estava entrando em casa à noite e viu uma cobra no jardim. Ficamos com muito medo, mas na manhã seguinte, quando fui olhar, a cobra já não estava mais lá”, relata.
Amélia conta que essa situação se prolonga há anos. “Desde quando me mudei para essa localidade, convivo com essa quantidade absurda de mato nas calçadas e ninguém toma uma providência”.
Amélia afirma ainda que a sujeira na porta de casa a deixa constrangida. “Meu neto está vindo dos Estados Unidos para casar aqui no Brasil e quando chegar, não quero que ele se depare com tanta lama, já que agora é época das chuvas”.
Apesar da ideia inovadora, a aposentada de 81 anos, conta que as pessoas não devem fazer o mesmo. “Temos é que cobrar dos responsáveis uma atitude, isso sim que faz a diferença”, finaliza.
A reportagem da Folha entrou em contato com Secretaria de Infraestrutura Urbana da Prefeitura, e de acordo com o assessor de comunicação, Wagner Reis, todo ano no período das chuvas, a tendência dos matos é aumentar, e a partir de semana que vem, vai haver limpeza dos córregos e das vias públicas.
Além disso, os técnicos já estão avaliando a viabilidade e efeitos da capina química, para que ela seja executada na cidade.
Por Folha com colaboração Estagiário Diego Rafael
Foto Stela Natalie