Pelo segundo ano consecutivo, a campanha da revista "AzMina" lança a campanha#Carnavalsemassédio. Neste ano, o tema é#UmaMinaAjudaAOutra, que estimula mulheres a ficar atentas caso vejam que alguma colega sofrendo assédio.
No domingo de Carnaval (26), em Belo Horizonte, uma foliã levou uma cabeçada no nariz durante desfile de um bloco e foi prestar depoimento, nesta segunda-feira (27), na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no bairro Barro Preto, região centro-sul de Belo Horizonte.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima Fernanda Gontijo, de 24 anos, aguardava para ser atendida na delegacia no início da tarde de ontem. De acordo com a polícia, o suspeito de ter praticado a agressão, que foi inclusive reconhecido pela foliã, não havia sido detido.
A agressão ocorreu durante o desfile do Unidos do Samba Queixinho, no bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte,justamente no dia em que o bloco foi às ruas para cobrar respeito às mulheres e mais empoderamento feminino.
Mulher que levou cabeçada em bloco reconhece suspeito por foto
A diretora da revista que fez a campanha contra o assédio feminino, a brasiliense Nana Queiroz, diz que se uma mulher ajudar a outra, todo mundo curte a festa com mais segurança e liberdade.
A campanha sugere, entre outras ações, oferecer água caso veja uma mulher vomitando na festa, fazer um escândalo se perceber que um homem está tentando forçar o beijo ou segurando uma menina pelo braço, além de telefonar para os amigos ou chamar um táxi se encontrar uma mulher inconsciente, evitando que ela seja vítima de abusos.
Mineiras contra o assédio
Outra campanha nesse sentido surgiu em Minas Gerais. Mulheres que integram diversos blocos de rua do carnaval de Belo Horizonte lançaram a iniciativa Tira a Mão: é Hora de Dar um Basta. O objetivo é combater o assédio durante a folia.
De acordo com o texto de divulgação da campanha, pesquisa feita no ano passado pela organização internacional ActionAid mostrou que 86% das mulheres brasileiras sofreram assédio em público em suas cidades. “O tom da campanha é leve e busca mostrar que a foliã está no carnaval para se divertir e que o limite entre o assédio e a paquera não está na roupa, na fantasia ou na dança”, diz a campanha.
Por Hoje em Dia