Em Guanhães
No município, os consumidores já estão pagando mais caro. Nesse fim de semana, praticamente todos os postos de combustíveis haviam reajustado o preço nas bombas.
O proprietário de um dos postos de combustíveis da rede Pica Pau, Adalton Miranda, já esperava o aumento desde o dia 7, que chegou nos postos da rede no fim de semana, através do abastecimento pelos caminhões que já trouxeram os combustíveis com os novos valores.
Adalton informou que a maior movimentação de veículos no posto que sempre acontece logo após anunciado o aumento, não aconteceu desta vez e ele acredita que seja devido ao reajuste menor que o esperado, ou seja, acresceu em R$ 0,10 o valor da gasolina, por litro, e em R$ 0,16 o diesel.
O valor da gasolina subiu de R$ 3,19 para R$ 3,29 e do diesel de R$ 2,68 para R$ 2,83. Adalton explicou que ainda pode haver oscilações nesses valores até o dia 16 de novembro, data de alinhamento dos impostos dos fretes.
O empresário comentou que o aumento não foi bem vindo, pois gastos com energia elétrica, combustível e gás deveriam ser bem mais baratos, promovendo assim uma economia competitiva e saudável. E que o governo deveria deixar de lucrar em cima do comércio desses itens.
“Neste segmento, a média de impostos que pagamos para o governo é de 70% em cima do nosso lucro e isso é altamente prejudicial para a empresa”, completou.
Em outro posto da cidade o reajuste foi o mesmo. Em contato com a proprietária do Posto Rex, Luciana Coelho de Oliveira, ela também informou que o aumento de 3% para gasolina e 5% para o diesel pode mesmo sofrer alterações de acordo com o frete cobrado pelas distribuidoras que, no caso de sua empresa, localiza-se em Betim.
Luciana disse ainda que, infelizmente, o repasse desse ajuste para o consumidor é inevitável uma vez que sua empresa não tem como arcar com o aumento, mas que isso não é bom nem para seu empreendimento, nem para o consumidor e nem para a economia do país.
Preços
Neste ano, os combustíveis permaneceram a maior parte do tempo com preço abaixo da cotação internacional, chegando, em alguns casos, a uma defasagem de 20%.
Quanto ao último dado disponível, a gasolina estava 1% mais cara no Brasil do que no exterior. Já o diesel, tinha defasagem de 4,5%.
Apesar da menor defasagem, analistas dizem que o reajuste é necessário para recompor parcialmente as perdas de caixa dos últimos anos.
Por Folha
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