Segundo a representante na região do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Sévera de Miranda Pimenta, a assembleia contou com a participação de seis mil servidores da educação. “A cada dia que passa novas pessoas aderem à greve. Mais de 50% do estado está parado. Ainda não fiz um levantamento em Guanhães, mas sei que mais professores estão com a gente”, contou.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) voltou a afirmar que paga acima do piso salarial nacional definido pelo Ministério da Educação (MEC) de R$ 1.122 para 24 horas semanais de trabalho, equivalente a 57% a mais do que o determinado pelo MEC, de R$ 1.187 para 40 horas semanais de trabalho.
Segundo Sévera, a declaração do estado é mentirosa. “Para contestar o que o governo está dizendo na televisão, ontem fizemos contracheques gigantes mostrando que não é verdade que o governo paga mais de 57% do piso, já que o professor de nível médio ganha R$ 369,00”, desabafou. O Sind-UTE exige o pagamento de piso no valor de R$ R$ 1.597 para 24 horas semanais, previsto pela lei.
Sobre o corte de ponto dos servidores que estão desde o início da greve, a representante informou que o sindicato entrou com uma liminar, mas que foi indeferida pelo tribunal. Agora a categoria entrou com recurso em segunda instância para que sejam pagos os dias parados. “Se o corte de ponto continua de pé, não vamos repor, nem voltar às aulas. Não é porque cortou que vamos recuar”, ressaltou.
As aulas da rede estadual de ensino estão suspensas há 57 dias e milhares de alunos continuam prejudicados em todo o Estado. A assembleia contou também com o protesto de estudantes.
O sindicato agendou uma paralisação nacional para o dia 16 de agosto e uma nova reunião para o próximo dia 9, a fim de discutir a situação com os trabalhadores.