Um aplicativo de celular desenvolvido por um alergista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) permite que o paciente registre no sistema os princípios ativos aos quais ele é alérgico.
Assim, toda vez que o usuário vai comprar um remédio na farmácia, pode digitar o nome do medicamento, e o app dirá se a pessoa pode tomá-lo ou não. O app Alergia a Medicamentos é gratuito e está disponível para iOS e Android.
Consultas
Embora não substitua as consultas presenciais a alergistas, o sistema ajuda em checagens rápidas. No aplicativo, é possível encontrar todos os remédios registrados no Brasil pela Anvisa até agosto de 2015. Essa lista reúne mais de 30 mil medicamentos.
Para o criador do aplicativo, o alergista Fábio Morato Castro, o sistema é também um grande aliado dos médicos, que, no momento da prescrição, poderão pesquisar quais medicações oferecem ou não perigo aos seus pacientes.
“Em breve, entraremos na segunda fase do aplicativo, expandindo para outros países e com listas personalizadas”, explica Castro.
No Brasil, cerca de 10% da população apresenta reação alérgica a algum tipo de remédio. Os anti-inflamatórios não esteroidais são os maiores responsáveis por essas reações. Essa classe de medicamento também provoca muita alergia, porém com menor prevalência.
A reação mais grave, que pode ocorrer com medicamentos anestésicos, é a anafilaxia – caracterizada pela rápida diminuição da pressão arterial, por taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea.
Flash
Atenção. Vida de alérgico precisa ser cheia de cuidados, porque, não raro, a pessoa tem hipersensibilidade não apenas a um, mas a vários agentes do ambiente. Levantamento da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) estimou que entre 14 milhões e 16 milhões de brasileiros têm alergia a algum tipo de medicamento. O número representa de 6% a 7% da população.
Agenda extra
Para facilitar. No aplicativo Alergia a Medicamentos o paciente tem, ainda, um espaço para registrar o nome do seu médico para o caso de alguma emergência, além do telefone do Samu.
Por OTempo/Edição Folha