Uma espécie de força-tarefa entre agências regulatórias de pelo menos 13 países, entre eles o Brasil, foi firmada nessa terça-feira (1º) para agilizar o registro de remédios, exames e vacinas contra o vírus da zika. A expectativa é a de que, após concluídos todos os testes, os produtos cheguem ao mercado em três meses - atualmente, leva no mínimo um ano.
O assunto foi debatido em teleconferência na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é inspirado em uma experiência anterior de cooperação internacional para combater o ebola, na África Ocidental. A ideia é que as agências regulatórias compartilhem informações e protocolos de análise com o objetivo de acelerar a liberação. Dessa forma, quando uma empresa solicitar registro a alguma dessas agências, as fases de testes e os resultados intermediários serão acompanhados também por outros países.
O presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, afirmou que, após um ano de testes, já podem haver resultados intermediários consistentes que demonstrem que o produto - seja uma vacina, um medicamento ou um teste rápido - é seguro e eficaz. "Assim, a agência pode conceder uma pré-licença, garantindo o uso de drogas e vacinas experimentais em condições seguras", disse o médico, em evento sobre a zika na Embaixada da França.
Participam do grupo países como Estados Unidos, Canadá, França, Índia, Coreia do Sul e Cingapura. A cooperação é um braço da Coalizão Internacional de Autoridades Reguladores de Medicamentos (ICMRA), cuja seção de respostas a emergências é coordenada por Barbosa.
Por Hoje em Dia/Ediçao Folha