O Carnaval acabou. No entanto, a preocupação com as doenças sexualmente transmissíveis continua durante todo o ano, por isso o Ministério da Saúde alerta para que a população faça o exame, disponibilizado gratuitamente pela rede SUS, e obtenha o diagnóstico precoce da AIDS.
O diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, ressalta que quanto mais cedo as pessoas tiverem conhecimento sobre o seu diagnóstico, melhor é o tratamento e a oportunidade que ela tem de uma vida com qualidade. “Então é importante as pessoas que se colocaram em alguma situação de risco, sexo sem proteção, compartilhamento de drogas via seringa, procurarem os Centros de Saúde, os Postos de atendimento”, alerta.
Ainda segundo Eduardo Barbosa, o preconceito ainda é o principal motivo que dificulta o diagnóstico da doença. “Sempre tem que pensar que se a gente se expôs ao risco, tem que fazer a testagem. O preconceito entorno ainda da AIDS acaba fazendo com que, por determinadas vezes, o próprio profissional de saúde, os médicos não peçam o exame para algumas pessoas porque acham que, pela aparência, essa pessoa não se expôs a nenhum risco, ou até mesmo as pessoas acabam não olhando para si como pessoas que podem ter entrado em situações de vulnerabilidade”.
Em Guanhães, os testes estão disponíveis em todos os postos de saúde. O usuário pode ir diretamente à unidade ou procurar o agente de saúde e informar que deseja fazer o exame. Tanto a iniciativa do cidadão quanto o seu diagnóstico, é mantido em sigilo. “Durante o ano inteiro, todos podem fazer o exame e independente do resultado, é aconselhável repetir seis meses depois, por causa da janela imunológica. Por exemplo, se a imunidade do paciente estiver muito alta, não vai aparecer na corrente sanguínea. Então precisamos repetir”, explica a coordenadora dos PSF’s em Guanhães, Claudiana Azevedo.
Mas não são apenas os desprevenidos na hora do sexo que devem fazer o teste. Pessoas que compartilhamento de agulhas e seringas também devem procurar uma unidade de saúde e fazer o exame.
Por Samira Cunha