16 detentos do presídio de Guanhães, que pretendem ingressar no ensino superior, vão participar do Exame Nacional do Ensino Médio Para Pessoas Privadas de Liberdade. As inscrições foram realizadas até o dia 21 de outubro.
Esta é a segunda vez que a prova será aplicada em Guanhães, e o número de detentos inscritos nesta edição superou 2015. No ano passado, 10 detentos realizaram a avaliação no presídio, já neste ano, segundo o diretor de adjunto do presídio e assessor de inteligência, Pablo da Silva Gouveia, as provas serão aplicadas em três salas: na sala um haverá seis detentos, na sala dois também terá a presença de seis detentos e a sala três contará com quatro, totalizando 16.
Segundo informações do coordenador regional do Centro Brasileiro de Seleção e Promoções (CEBRASP) e representante do Enem na região de Guanhães, Arnaldo Janssen, assim como no ano anterior, o nível de dificuldade é o mesmo do Enem tradicional e a aplicação das provas ficará a cargo dos agentes penitenciários por motivo de segurança. “Os próprios agentes estarão responsáveis pela organização nos dois dias de prova e eu estarei presente para auxiliar”, conta.
No primeiro dia do Enem PPL, os candidatos farão as provas ‘Ciências Humanas e suas Tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia) e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (química, física e biologia), com duração total de 4 horas e 30 minutos.
No segundo dia, será a vez dos participantes testarem os conhecimentos em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol –, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação), redação e matemática, com duração total de 5 horas e 30 minutos.
Com o Enem, os candidatos poderão conseguir certificado de conclusão do Ensino Médio, disputar vagas em universidades públicas pelo Sisu e bolsas no ensino superior privado pelo Prouni. No entanto, se aprovados, dependem de autorização judicial para conseguirem estudar.
Por Folha com colaboração Stela